Assimetria mamária é a condição em que as mamas apresentam diferenças entre si, sejam elas no tamanho ou na forma. A grande maioria das mulheres apresenta algum grau discreto de assimetria mamária. É possível dizer que ter mamas diferentes é a regra e não a exceção.
Muito frequentemente observamos estas alterações no pré-operatório de cirurgias das mamas. Um estudo publicado na Revista da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica demonstrou que o impacto psicológico na qualidade de vida de adolescentes com assimetria mamária é similar à hipermastia, condição em que as mamas são muito volumosas.
As técnicas de simetrização dependem do grau de desenvolvimento das mamas, da presença de queda nos seios e do desejo da paciente em relação ao volume final.
Em mamas pequenas, com assimetrias apenas de volume, a colocação de próteses diferentes, em geral, é suficiente para correção. Durante a cirurgia utilizamos moldes, que são implantes de silicone feitos exclusivamente para teste, para encontrar a melhor combinação para cada lado. Softwares que simulam resultados na maioria das vezes não refletem adequadamente a distribuição de volume dentro das mamas, a força exercida pelas estruturas corporais e nem tampouco conseguem prever o comportamento pós-operatório.
Em mamas hipotróficas em que observamos alterações de volume e contorno podemos complementar a cirurgia com uso de lipoenxertia. Através de uma pequena lipoaspiração, coletamos um pouco de gordura, a qual é preparada e injetada em locais que necessitem de um pouco mais de contorno.
Outro grupo de pacientes apresenta, além da assimetria, queda das mamas. Nestes casos a técnica cirúrgica mais empregada é a mastopexia com próteses. Baseamos nossa decisão do tamanho dos implantes tomando por base o desejo da paciente em relação à mama menor. Se a mama de menor volume tem tamanho agradável à paciente, reduzimos a mama contralateral. Se a paciente considera sua mama menor pequena, aumentamos esta mama para o volume desejado. Na grande maioria dos casos utilizamos implantes de tamanhos iguais e o ajuste no contorno e volume é realizado pela manipulação dos tecidos gordurosos e parênquima mamário.
Há ainda um grupo de pacientes que tem mamas muito volumosas e/ou não desejam ter implantes de silicone. Nestes casos adotamos técnicas de mastopexia sem o uso de próteses ou mamoplastias redutoras para equilibrar os dois lados.
É importante ressaltar que simetria perfeita é praticamente impossível. Existem inúmeros fatores que contribuem para o formato e volume final dos seios, como grau de distensão da pele, composição do preenchimento das mamas, dimensões do tórax e até desvios na coluna podem afetar os resultados. Ainda sim, o grau de satisfação de pacientes que se submetem a simetrização das mamas é muito elevado.